quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Alfabetização: Método Fônico



Luciana Pedrosa Rodrigues
Selma Aparecida Molina Garcêz

Método fônico

O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.

O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja,
as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.

Conhecimento das correspondências grafofonêmicas

As atividades de introdução de letras e dígrafos também encontraram-se distribuídas conforme um grau de dificuldade crescente.Inicialmente são apresentadas as vogais, em que á um semelhança entre o nome da letra e o seu som, ou seja em que o nome e o som da letra são iguais.

Após as vogais, são introduzidas consoantes prolongáveis, isto é, as consoantes cujos sons podem ser facilmente pronunciados de forma isolada,sem uma vogal. Primeiramente são apresentadas as consoantes regulares( que tendem a possuir apenas um som), como F,J, M,N,V e Z. Depois, são apresentadas as consoantes facilmente pronunciadas de forma isolada e que são irregulares ( ou seja, que tendem há possuir mais de um som), como L,S,R e X. Neste caso, apenas os sons regulares e mais frequentes dessas letras são apresentados.

Som da letra



Os sons irregulares são introduzidos posteriormente, em outras atividades.
Após as consoantes facilmente pronunciáveis, são introduzidas as consoantes cujo os sons são mais difíceis de pronunciar de forma isolada. Neste grupo, estão incluídas as consoantes B,C,P,D,T,G e Q. Também para estas letras devem ser inicialmente apresentados apenas os sons regulares.
Em seguida é apresentada a consoante H, que é uma exceção, já que não tem som.Finalmente são introduzidas as letras K,W e Y, que não pertence ao alfabeto português.

Após a apresentação dos sons regulares de todas as letras é iniciada a apresentação das correspondências grafofonêmicas. Há atividades especificas para introdução de os dígrafos CH,NH,LH,RR,SS,GU e QU, para a introdução dos sons irregulares das letras C,G,R,S,L,M e X, e para a introdução do cedilha e dos encontros consonantais.
Apesar do livro introduzir as letras nessa sequência´, é importante que as crianças aprendam a sequência do alfabeto,pois esta é usada em diferentes contextos,como na consulta a dicionários e listas telefônicas, em que a ordem alfabética funciona como princípio ordenador dos elementos. Para tanto a professora pode afixar na classe, as letras na sequência do alfabeto.

Para cada introdução de letra ou dígrafo deve ser apresentada a FICHA DE LEITURA correspondente. As fichas de leitura consistem em um material de dificuldade graduada que permite à criança ler com base no conhecimento já adquirido. A leitura dessas fichas auxilia os processos de automatização da leitura e de memorização das formas ortográficas das palavras, que são essenciais para a leitura e a escrita competentes. À medida que a criança passa a dominar as habilidades básicas, ficha de leitura mais complexas são gradualmente introduzidas, acompanhadas de vários tipos de textos.

Produção e interpretação de texto

O desenvolvimento das habilidades de produção e interpretação de diferentes tipos de textos é objetivo maior e final da alfabetização. Não é possível porem chegar efetivamente a tais habilidades sem o prévio desenvolvimento da consciência fonológica e sem o conhecimento das correspondência das letras e do sons.

A criança deve ser capaz de compreender e de produzir a escrita em diferentes estilos. Portanto, são apresentadas atividades em que a criança deve ler e produzir vários tipos de textos, como narrativas, poesias, provérbios,

receitas e textos informativos.Para trabalhar com estratégias de compreensão de textos, são introduzidas atividades de interpretação em que a criança deve, após a leitura do texto, pensar sobre o seu conteúdo, respondendo o significado do texto por meio de desenhos. Para trabalhar com a produção, a criança é solicitada a escrever textos a partir de diferentes propostas, como uma figura, uma sequência de figuras, um texto já iniciado, uma carta ou ma poesia. A apresentação com dificuldades graduadas ( isto é, iniciando com textos simples) propicia as crianças uma maior experiência de sucesso e competência , fortalecendo a sua confiança e aumentando o seu interesse pela leitura.

3 comentários:

  1. Selma: É importante fazer a crítica. Você apresenta os fundamentos do método fônico, mas não discute a questão da ação limitada, tendo em vista toda a discussão e reflexões feitas em nossas aulas acerca dos métodos. É mesmo necessário o controle, isto é, primerio garantir a conciência fônica para depois ler os textos? Espero os comentários.

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  2. Quero mais suugestões de atividades pois sou professora de alfabetização e utilizo o método fônico sou apaixonada por ele mas tenho dificuldade de encontrar atividades relacionadas a isso. Sou Tatiany meu email é tatianyroque@gmail.com

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  3. Olá Selma! Encontrei o seu blog por acaso e fiquei muito satisfeita em saber que a consciência fonológica não é um assunto novo para você. Parabéns pelo trabalho!!!!!

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